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Postado em: 11/11/2021
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Vencer a cinomose canina é possível? Conheça a história do Nelson, paciente do Hospital Veterinário da Pompéia

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A cinomose canina é uma doença viral grave, que pode atingir os sistemas nervoso, respiratório, gastrointestinal e causar a morte do cão ou ainda sequelas graves. A doença é muito contagiosa e pode ser transmitida pelo ar, secreção da boca e nariz, ou pelo contato com objetos ou ambientes contaminados. Apesar de ser uma doença de alto risco e com uma evolução rápida, é possível curar a cinomose se o pet tiver um diagnóstico ágil e os cuidados adequados. Esse foi o caso do Nelson, conheça essa história!

Adoção do Nelson, histórico de saúde e suspeita da cinomose canina

A publicitária Érica Farjado, tutora do Nelson, conta que ele foi adotado no final de julho de 2021, em um ponto de adoção de um pet shop. O cãozinho sem raça definida era um filhote de um mês e meio, de aparência saudável, cerca de 2kg e já imunizado com a primeira dose da vacina contra a cinomose.

“Cerca de uma semana depois da adoção, eu recebi uma mensagem pela rede social de uma pessoa da ONG que resgatou a ninhada de onde veio o Nelson dizendo que seria bom fazer um exame de cinomose nele, por precaução, pois no abrigo tinha um cãozinho com a doença”, relata Erica. Até então, o Nelson estava bem, mas coincidentemente, no mesmo dia da ligação ele vomitou.

No dia seguinte ao episódio de vômito, Erica levou Nelson ao veterinário e realizou exames de sangue e o PCR da cinomose, no mesmo dia. “Nós percebemos que ele estava com o focinho bem ressacado, mas ao mesmo com secreção, tanto no focinho, quanto nos olhos”, conta.

O resultado do hemograma chamou a atenção até da médica veterinária: os níveis de hemoglobina, hematócrito e plaquetas estavam muito baixos. Por conta disso, foi decidido internar o Nelson, pois poderia ser necessária uma transfusão de sangue e ele teria melhor acompanhamento.

A internação no Hospital Veterinário da Pompéia para o tratamento da cinomose

“Nós chegamos até o Hospital Veterinário da Pompéia, porque é um dos únicos que aceitam cachorros com cinomose por ter infraestrutura de isolamento para doenças infectocontagiosas. Chegamos a ligar para vários hospitais e quase nenhum aceitava”, afirma Erica sobre a procura de um local para a internação do Nelson. Muitas vezes, é difícil encontrar um hospital veterinário que aceite esse tipo de doença pois, por ser muito contagiosa, é necessária uma estrutura para isolar o cão e evitar a transmissão. O vírus da cinomose, por exemplo, pode sobreviver de três a seis meses no ambiente.

Erica conta que Nelson foi recebido muito bem, com todos os cuidados e atenção necessários, e iniciou o tratamento da cinomose, que se confirmou com o resultado positivo do exame PCR. Como estava debilitado, fez outros exames para descartar doenças associadas, como parvovirose ou doença transmitida pelo carrapato.

Era um momento de apreensão sobre o desfecho do tratamento do Nelson, que ficou internado por uma semana: “No início, foram dias muito difíceis pois todo o prognóstico é dado de forma bem reservada pelos veterinários, porque sabemos que é uma doença muito complicada”. De fato, a cinomose canina é uma doença conhecida por ter uma mortalidade de até 80%, sobretudo em cães filhotes, que ainda possuem baixa imunidade, como no caso do Nelson.

Uma das maiores preocupações de tutores e veterinários é que a cinomose canina atinja o sistema nervoso do cão. No caso do Nelson, foram diversos medicamentos para impedir que o vírus se alastrasse pelo organismo e não houve sinais e sintomas neurológicos, mas a parte respiratória foi acometida. “Ele tomou muito antibiótico, porque teve uma broncopneumonia, consequência da cinomose, e até por isso tinha muita tosse”, diz Erica.  

Complicações da cinomose e a superação da doença

Com o intuito de deixar o Nelson mais próximo de seus tutores, ele foi liberado para continuar o tratamento em casa. Foram prescritos diversos medicamentos: anti-inflamatório, antibiótico, antiemético (para evitar vômitos), antitérmico, além de inalação, que deveria ser feita três vezes ao dia.

A volta ao lar não correu como Erica esperava: “no primeiro dia em casa ele estava bem, apesar de amuado, mas no segundo teve uma piora drástica. Percebi que o olho dele estava azulado, o que hoje sei que é uma uveíte, mas na hora pensei que estivesse cego. Nós corremos ao pronto-socorro do Hospital Veterinário da Pompéia e foi decidido interná-lo novamente”, conta a tutora.

Em um novo exame de hemograma, foi constatada uma forte anemia, o que estava debilitando o organismo do Nelson e dificultando a recuperação da cinomose. Ele foi então acompanhado por uma hematologista do Hospital, que decidiu tratá-lo com transfusão de sangue e um hormônio que estimula a produção de glóbulos vermelhos. Com a transfusão, os níveis de hemoglobina do Nelson começaram a melhorar, ele foi respondendo bem ao tratamento e teve alta depois de cinco dias.

O tratamento em casa continuou, claro, e incluiu medicamentos e visitas periódicas ao hospital para repetir exames de sangue e raio-x do tórax. Dessa vez, o desfecho de Erica e Nelson foi feliz: “faz cerca de dois meses que fizemos o último PCR para cinomose, que felizmente deu negativo. Hoje, inclusive, ele tomou a primeira vacina após a doença e está super bem, não tem mais tosse, está muito brincalhão, come muito bem”.

Entre os próximos planos da família está completar o esquema vacinal do cãozinho, o que é essencial para prevenir não só a cinomose, mas outras doenças, tais como:

  • Hepatite infecciosa canina;
  • Parainfluenza;
  • Parvovirose;
  • Coronavirose;
  • Leptospirose;
  • Giardíase;
  • Raiva
  • Traqueobronquite infecciosa.

“Eu não tenho palavras para agradecer ao Hospital Veterinário da Pompeia pelos cuidados com o Nelson, que ficou até famoso lá dentro porque foram dois meses intensos de idas e voltas ao tratamento. Todos os veterinários envolvidos, sem exceção, foram cuidadosos, preocupados e comprometidos para que ele ficasse bem”, conclui Erica.

O Hospital Veterinário da Pompéia compreende a complexidade e urgência do atendimento das doenças infectocontagiosas e, por isso, conta com uma estrutura completa com área isolada para atender esses casos. Fique atendo ao seu pet e no caso de suspeita, entre em contato com a nossa equipe pelo WhatsApp 11 3164.0182

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