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Postado em: 22/11/2024
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Emergências e urgências veterinárias – como reconhecê-las e o que fazer!

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“Emergência” pode ser definida como uma situação em que haja risco iminente à vida e necessidade de executar manobras de suporte com rapidez. Já “urgência” é uma situação que não pode ser adiada e deve ser solucionada rapidamente, pois caso evolua, pode resultar em graves consequências. Saber reconhecer sinais emergenciais e urgências e saber como agir diante deles pode fazer toda a diferença em um momento crítico. Por isso, a WeVets traz orientações a respeito de situações emergenciais mais comuns que os tutores podem enfrentar em casa e como proceder antes de chegada ao Centro Veterinário.  

  Emergencia

Dificuldade respiratória (dispneia) 

A dispneia em cães e gatos pode ser rapidamente reconhecida devido ao grande esforço feito para conseguir respirar. Os sinais mais evidentes são: 

  • Agonia respiratória 
  • Inquietação 
  • Aumento do ritmo respiratório 
  • Ruídos anormais respiratórios 
  • Pescoço estendido 
  • Língua e mucosa oral arroxeadas (cianóticas) 

  

A dispneia pode ser provocada por inúmeras alterações sistêmicas (como por exemplo doenças cardíacas descompensadas), traumas (no caso de um choque traumático forte, que pode quebrar costelas, gerar uma contusão pulmonar ou romper o diafragma – principal músculo da respiração), engasgos ou até mesmo temperatura muito elevada. A cor arroxeada de língua e mucosa oral indicam que as células do sangue não estão conseguindo levar oxigênio aos tecidos, o que indica um agravante sério na condição do pet e necessidade de atendimento médico o mais rápido possível. 

  

Pet não está urinando (obstrução de via urinária) 

Acontecimento comum, muito frequente principalmente na medicina felina, caracterizado por impedimento no ato de urinar devido a uma obstrução na uretra, canal que liga a bexiga ao exterior. A obstrução uretral é em sua grande maioria provocada por cálculos dentro da uretra que se originam ao longo do trato urinário do pet. Os sinais clássicos de uma obstrução uretral são: 

  • Ausência súbita de micção  
  • Pet tenta urinar, mas não consegue (ou saem gotas), e manifesta dor 
  • Gato vai várias vezes até a caixinha de areia sem urinar 
  • Aumento na região abdominal 

  

Gatos costumam urinar de 2 a 5 vezes por dia, e cães cerca de 4 a 6 vezes por dia. Ao notar sinais de que seu pet não esteja urinando, não pressione o abdômen do pet e leve-o imediatamente ao Centro Veterinário mais próximo, pois é uma condição que pode se agravar rapidamente e necessita de sedação para ser manipulada. Exames complementares serão requisitados pelo médico-veterinário, como hemograma completo, bioquímicos, análise de urina e ultrassonografia, a fim de investigar melhor a causa da obstrução.  

  

Desmaios (síncopes) 

Desmaios ou síncopes são episódios de perda de consciência no geral de curta duração. A síncope em cães e gatos pode estar relacionada com sistemas diferentes (pode, por exemplo, ser devido à queda na pressão arterial, por problemas cardíacos como arritmias, por aumento na pressão pulmonar). Ao presenciar um episódio de desmaio em seu pet, não o chacoalhe. Mantenha-o ventilado e leve-o ao médico-veterinário para que seja feita a avaliação física e sejam solicitados exames complementares para melhor entendimento do caso.  

Episódios muito frequentes ou muito duradouros podem estar relacionados a causas mais sérias – não hesite em levar seu amigo ao hospital.  

  

Convulsões 

Diferente dos desmaios, as convulsões apresentam características próprias nos períodos que antecedem e sucedem o episódio e na duração da convulsão em si, e estão em sua maioria mais ligadas a causas de origem neurológica.  

  • Pré ictus: os momentos que antecedem 

Podendo durar minutos ou dias, o pré ictus envolve as alterações apresentadas por seu pet que indicam que um episódio convulsivo está se aproximando. Geralmente os pets ficam mais agitados, demonstram medo e procuram atenção.  

  • Ictus: a convulsão  

O episódio convulsivo pode ocorrer isoladamente com intervalos maiores de tempo ou com mais frequência, geralmente indicando um quadro clínico mais complicado. Seu pet pode apresentar: 

  • Movimentos repetidos 
  • Salivação 
  • Micção e/ou defecação involuntária 
  • Vômitos 
  • Tremores e espasmos 
  • Contração muscular involuntária 
  • Pupilas dilatadas (midríase) 

 

  • Pós ictus: o que acontece depois 

O período em que o pet está se recuperando de um episódio convulsivo pode cursar com alterações sistêmicas e comportamentais. Ele pode: 

  • Ficar agressivo 
  • Apresentar incoodernação (cambalear) 
  • Apresentar cegueira momentânea 
  • Ficar desorientado 

  

Crises convulsivas são sérias e podem prejudicar gravemente a saúde do seu pet. Ao presenciar um episódio, mantenha a calma, não coloque nada na boca do pet e procure mantê-lo deitado e cercá-lo com algo macio para evitar que ele se machuque ao se debater. Leve-o ao hospital veterinário o quanto antes para que ele receba suporte e seja avaliado. Crises com duração maior que 2 minutos costumam indicar alterações mais graves, e a ida ao hospital deve ser imediata. 

  

Engasgos 

O engasgo é uma situação comum e de fácil ocorrência que pode levar a consequências graves caso o corpo estranho bloqueie o fluxo de ar na traqueia. O pet pode apresentar tosses fortes e repentinas improdutivas, pode abrir a boca buscando mais oxigênio e apresentar-se em agonia respiratória. Ao notar esta situação: 

  • Abra a boca do pet e tente visualizar o objeto estranho e retirá-lo 
  • Não sendo possível, dê palmadas firmes na região entre as escápulas, nas costas. As palmadas devem ser fortes, mas sempre meça a força em caso de pets pequenos 
  • Caso não tenha obtido sucesso ainda, você pode tentar segurar o pet pela cintura, de cabeça para baixo (em caso de gatos e cães de pequeno porte) ou então segurar o cão pelas patinhas traseiras e erguê-las, para deixar o corpo do pet o mais vertical possível  

 

Caso o objeto estranho não tenha saído ainda, aplique a manobra de Heimlich. 

  • Coloque o seu pet de costas contra o seu peito 
  • Encontre o local adequado para realizar as compressões: este ponto está onde a cavidade torácica termina e a cavidade abdominal começa. Para isso, sinta o esterno (um osso rígido e longo no meio do peito) e, assim que você deixar de sentir o osso e notar uma área mais macia e funda, terá localizado o ponto correto para as compressões 
  • Posicione o punho de uma mão sobre o local das compressões e use a outra mão para cobrir o punho 
  • Aplique de 4 a 5 compressões firmes nesse ponto, pressionando ao mesmo tempo em sua direção e para cima 
  • Verifique se o objeto foi expulso e se o pet voltou a respirar normalmente. 
  •  Caso contrário, repita as compressões 

 

Mesmo que a manobra de Heimlich funcione e o objeto seja removido, é essencial ir ao médico-veterinário assim que o pet estiver calmo. Corpos estranhos podem causar danos ao trato respiratório e a própria manobra pode provocar lesões internas ou até fraturas nas costelas (especialmente se a pressão for muito forte). Portanto, um profissional deve avaliar o estado de saúde do pet após um incidente desse tipo. 

Caso a manobra de Heimlich mostre-se ineficaz, você deve buscar atendimento médico-veterinário imediatamente 

Lembre-se: mucosas de cor roxa indicam que a oxigenação não está ocorrendo e seu pet está sufocando. 

  

Intoxicações 

Intoxicações podem ocorrer devido a diversos princípios ativos. Algumas intoxicações são mais crônicas, isto é, levam mais tempo para manifestar sinais clínicos, e outras são mais agudas. No geral, um pet intoxicado pode apresentar: 

  • Incoordenação 
  • Convulsões 
  • Vômitos profusos 
  • Diarreia profusa 
  • Salivação excessiva (sialorreia) 
  • Tremores 
  • Dor abdominal 

 

Caso suspeite que seu pet esteja intoxicado, não o medique, não dê água e nem comida e leve-o imediatamente ao médico-veterinário 

  

Sangramentos (hemorragias) e feridas abertas 

Hemorragias externas, isto é, sangramentos que você vê acontecendo, podem ser intensas e ameaçar a estabilidade hemodinâmica do seu pet – uma perda de sangue muito grande provoca consequências gravíssimas. Caso esteja diante de um sangramento profuso – seja um vômito ou diarreia com sangue ou um corte muito profundo – leve seu pet ao médico-veterinário o mais rápido possível.  

A coloração das mucosas também pode te auxiliar nestes casos. Se a mucosa oral estiver ficando pálida ou branca, a situação é mais emergencial pois pode evidenciar perda intensa de sangue, inclusive no caso de hemorragias internas, ou seja, o sangramento que você não vê acontecer. 

No caso de sangramentos de menor intensidade, como na cavidade nasal, aplique pressão com o auxílio de uma gaze ou pano limpo para tentar estancar o sangue. Leve o pet ao hospital em seguida. Feridas abertas não devem entrar em contato com álcool ou água oxigenada. Cubra a ferida com uma gaze úmida ou pano limpo úmido e leve o pet ao médico-veterinário. 

  

Traumas e fraturas 

Traumas podem ter variados tipos de intensidade, desde uma queda do sofá a um atropelamento. Caso você suspeite que seu pet tenha sofrido um trauma (ele pode estar mancando, não apoiando uma pata, queixando-se de dor, deixando de subir em móveis ou escadas…) ou tenha presenciado o trauma, leve seu amigo ao médico-veterinário para que ele seja avaliado e medicado corretamente. Exames complementares como radiografia de membro ou de cavidade também podem ser requisitados. 

As fraturas podem ser definidas como falhas na continuidade óssea, sendo diferenciadas entre fraturas expostas (quando o osso rompe a pele) e fraturas não expostas (quando não há ruptura da pele). Um pet com uma fratura interna demonstrará muita dor, e dependendo da localização da fratura, não conseguirá sequer caminhar. Leve-o ao médico-veterinário para que seja estabilizado e diagnosticado.  

Fraturas expostas são urgências ortopédicas. Ao se deparar com uma, mantenha a calma e não tente colocar o membro de volta em sua posição anatômica. Cubra a fratura com um pano limpo e úmido e leve o pet ao hospital veterinário mais próximo. Você pode utilizar toalhas por debaixo do pet para conseguir erguê-lo. 

  

É importante lembrar sempre ao tutor: jamais automedique seu pet. Leve-o sempre ao médico-veterinário de confiança, que saberá exatamente qual princípio ativo e qual dosagem fornecer ao seu amigo.  

  

Nossos hospitais funcionam sempre 24 horas por dia, de segunda a segunda, e estamos preparados para receber quaisquer emergências. Procure a WeVets mais próxima de você! 

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