Conheça melhor a cinomose, doença grave que afeta os cães
A cinomose canina é uma doença causada pelo vírus CDV, ou Canine Distemper Virus, também conhecido como o “vírus da esgana canina”. Muito contagiosa e grave, ela ataca os sistemas respiratório, gastrointestinal e nervoso de cães, podendo frequentemente deixar sequelas ou mesmo levar o animal à morte. Não há cura para a cinomose, mas é possível preveni-la por meio da vacinação do pet. A enfermidade não é transmitida para seres humanos.
Quais são os fatores de risco para a cinomose
A cinomose canina afeta principalmente filhotes com menos de quatro meses de idade, pois eles têm o organismo mais frágil e ainda não terminaram o esquema vacinal. Cães mais velhos que não estão com as vacinas em dia ou que têm o sistema imunológico debilitado também são mais suscetíveis ao mal.
Como o vírus que causa a cinomose é mais resistente ao frio, a doença ataca com mais frequência no inverno, embora ela possa ocorrer durante o ano todo.
Como ocorre a transmissão da cinomose
A cinomose pode ser transmitida aos cães das seguintes formas:
- Pelo contato direto com um animal ou objeto infectado – uma das maneiras de o cachorro pegar cinomose é através do contato com saliva, urina e fezes de animais infectados pelo vírus. Além disso, casinha, cobertores e tigelas de comida e água dos animais doentes também são fontes de infecção.
- Pelo ar – quando um cão infectado tosse, espirra ou late, ele libera gotículas de aerossol no meio ambiente. Então, o contágio também pode acontecer quando o pet respira o ar contaminado, por exemplo, quando passeamos com ele em locais pelos quais passaram animais doentes.
- Pela placenta – as cadelas podem transmitir o vírus através da placenta para os filhotes.
Um cachorro infectado pode propagar o vírus por vários meses após a exposição ao micro-organismo. Portanto, quem tem um animal com cinomose deve tomar o maior cuidado para evitar o contato dele com outros cães.
Sintomas da cinomose
Os sintomas da cinomose que aparecem com mais frequência são os seguintes:
- Tosse;
- Diarreia;
- Febre;
- Falta de apetite;
- Secreção amarelada nos olhos e no nariz.
Mas é importante saber que os sintomas da cinomose variam de acordo com a progressão da doença. Ela pode evoluir em quatro etapas:
- Fase respiratória – na primeira fase da doença, o sistema respiratório é acometido, causando sintomas como tosse, pneumonia, dificuldade respiratória, secreção nasal e ocular.
- Fase gastrointestinal – quando o vírus se instala no estômago ou no intestino, ele provoca diarreia, vômitos, falta de apetite e dor abdominal.
- Fase neurológica – o cérebro é afetado e o pet passa a ter espasmos musculares, paralisia, convulsões e andar em círculos, entre outros sintomas. Quando o caso evolui para esse estágio, o bicho pode ter sequelas neurológicas irreversíveis, mesmo não portando mais o vírus.
- Fase cutânea – a cinomose pode se manifestar na pele em forma de feridas com pus e espessamento do focinho e das patas.
Caso o seu animal apresente um ou mais dos sintomas listados, não quer dizer que ele tem, necessariamente, essa condição de saúde. Mas é importante levá-lo ao médico veterinário o quanto antes para que o especialista possa identificar a possível causa e indicar o tratamento mais adequado. Tenha em mente que, quanto mais cedo um problema de saúde é diagnosticado, maior é a chance de sucesso no tratamento e de recuperação completa.
Como é feito o diagnóstico da cinomose
Na suspeita da doença, o veterinário irá analisar os sinais clínicos que o animal apresenta e poderá solicitar exames laboratoriais e de imagem. A partir disso, o profissional será capaz de indicar o melhor tratamento, de acordo com o estágio da doença e da presença ou não de problemas secundários. Você também deve consultar o médico veterinário se:
- Seu cachorro foi exposto a outros animais com cinomose;
- Você não sabe o histórico de vacinação dele;
- Seu peludo está com seis semanas de idade e, portanto, pronto para a vacinação;
- Por qualquer motivo, você está preocupado com a saúde do seu pet.
Como é o tratamento da cinomose
Uma vez que não existe um medicamento capaz de curar a cinomose, o objetivo do tratamento é aliviar os sintomas nas partes do organismo que foram afetadas e evitar o desenvolvimento de outras infecções que podem surgir em decorrência da patologia. O tratamento da cinomose pode envolver:
- Antibióticos (para tratar outras infecções oportunistas);
- Anti-inflamatórios;
- Corticoides;
- Administração de líquidos para combater a desidratação;
- Medicamentos para a febre;
- Anticonvulsivos (quando há crises convulsivas devido ao acometimento do sistema nervoso);
- Vitaminas;
- Colírios;
- Pomadas ou cremes (quando surgem sintomas na pele).
Como prevenir a cinomose
A vacinação é a melhor forma de proteger o filho de quatro patas contra a cinomose canina. A vacina polivalente (V8 ou V10), que previne a cinomose e outras doenças infecciosas, deve ser administrada no cão desde filhote. O protocolo recomendado para este imunizante é o seguinte:
- Doses iniciais – os filhotes devem receber três doses. A primeira a partir dos 45 dias de vida e, as duas restantes, em intervalos de um mês;
- Reforço anual – finalizado o protocolo vacinal inicial, o reforço deve ser feito anualmente, de acordo com as orientações do veterinário.
Confira outras medidas importantes para prevenir a cinomose:
- Sem passeios antes das vacinas – até que o filhote esteja devidamente vacinado, ele deve ser mantido em casa, longe do contato com outros animais;
- Extermine os vírus à espreita – limpe regularmente, com um desinfetante comum, os ambientes onde o bichinho circula;
Cuidado ao socializar seu pet – evite que seu companheiro canino tenha contato com cachorros não vacinados, assim como água e alimentos de origem desconhecida.
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