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Postado em: 03/11/2021
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Alergia em animais de estimação causa impacto na qualidade de vida do pet e tutor – saiba como tratar e prevenir

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Assim como em humanos, alguns fatores alérgenos – como parasitas, determinados alimentos, ácaros, pólen, entre outros – podem causar alergia em animais de estimação, como os cães e gatos. É importante que o tutor esteja atento a sinais e sintomas que indiquem a presença de crises alérgicas, como a coceira intensa, já que esses quadros podem causar um impacto negativo na qualidade de vida do pet.

A Dra. Analice Cardoso Munhoz, médica veterinária do Hospital Veterinário da Pompéia há 15 anos e especializada em dermatologia veterinária, tira as principais dúvidas sobre alergia em animais, quando o tutor deve ficar atento e os principais tratamentos para a saúde da pele dos pets.

Alergia em animais – quais os tipos de alergias que se manifestam na pele mais comuns em animais de estimação?

A Dra. Analice explica que os tipos mais comuns de alergia em cães e gatos são a dermatite alérgica à picada de pulga; a hipersensibilidade alimentar, que é causada principalmente por alguma proteína animal de alimentos; e a atopia, que é uma alergia causada por alérgenos ambientais, como ácaros, polén e grama.

“Existem também as reações urticariformes, que são as alergias de contato e reações alérgicas a picadas de insetos e a vacinas”, explica.

Alergia em animais – a quais sinais e sintomas o tutor deve ficar atento? Como diferenciá-los de hábitos comuns, como lamber e coçar?

A principal manifestação clínica das alergias é a coceira intensa, que pode ser acompanhada também de vermelhidão na pele, chacoalhar de cabeça, prurido nas orelhas e lambedura das patas.

A médica veterinária explica como o tutor pode diferenciar a possível presença de alergia dos hábitos comuns do animal: “a diferença está no incômodo que a coceira causa, tanto no pet, quanto no tutor. Então, se o hábito está sendo exagerado, se o animal se coça 80% do dia, acorda para se coçar, causa lesões na pele por causa da coceira e lambedura, é porque tem alguma coisa errada e pode indicar um processo alérgico mesmo”.

Alergia em animais – quais animais e raças mais suscetíveis a desenvolverem alergias?

Segundo a Dra. Analice, em cachorros, as principais raças com predisposição a alergias são Shih-tzu, Lhasa apso, Yorkshire, Golden retriever, Dachshund e Beagle. “Porém Shih-tzu, Lhasa apso e Golden são as raças com maior incidência de dermatite alérgica”, enfatiza.

Já os gatos sem raça definida são aqueles com maior predisposição a desenvolver alergias.

Alergia em animais – quando é o momento de o tutor procurar um veterinário ao identificar uma possível alergia de pele no animal? É possível que as crises cessem sozinhas?

É muito importante que o tutor esteja atento aos hábitos do animal e não demore para buscar ajuda, caso perceba algo diferente do comum. “O momento de procurar um veterinário é assim que o tutor percebe que está sendo causado um incômodo no animal e, às vezes, nele próprio também. Muitos pets dormem com os tutores e aí eles relatam no consultório ‘nossa, meu pet não para de se lamber durante a noite’, ou então percebem que o animal fica se coçando o tempo todo. Isso traz um incômodo, então se incomoda o tutor, com certeza está incomodando o pet também”, explica a Dra. Analice.

Crises alérgicas como a dermatite alérgica à picada de pulga, hipersensibilidade alimentar ou atopia não cessam por conta própria. “Esses casos necessitam de diagnóstico e tratamento, portanto é necessário levar ao veterinário. Já no caso de alergias a picadas de insetos e dermatite de contato, pode até ser que o quadro seja amenizado sozinho, mas talvez não desapareça totalmente, sendo importante procurar ajuda também”, diz a médica veterinária.

Alergia em animais – existem hábitos que ajudam a prevenir crises alérgicas nos animais?

A prevenção depende do tipo de alergia que o animal possui, como explica a Dra. Analice. No caso da dermatite alérgica à picada de pulga, é necessário evitar que o pet pegue pulgas e carrapatos. “A melhor forma de prevenção é pelo uso de produtos antipulgas. Porém, não adianta usar o produto depois que ele já pegou a pulga, porque aí a alergia já foi desencadeada. O que a gente quer é evitar o parasita”, afirma.

Para animais que tem hipersensibilidade alimentar, é possível prevenir as crises de alergia seguindo uma dieta adequada. “Quando sabemos que o animal tem alergia a algum componente da dieta, conseguimos evitar aquele componente por meio de dietas hipoalergênicas ou dieta caseira com a proteína animal específica”, explica.

Quando o paciente é atópico, a prevenção é mais difícil e nem sempre possível. A Dra. Analice explica o motivo: “Podemos comparar, por exemplo, a uma pessoa com rinite alérgica. Então os ácaros, poléns e gramíneas podem estar no ambiente do animal e é mais complicado retirar esses alérgenos do contato do paciente. Então, nesses casos, ajudamos na prevenção com banhos hidratantes e medicações de uso contínuo para controle das alergias. Claro que, se você sabe que seu pet fica com coceira quando ele vai brincar na grama, é ideal evitar a grama. Nessas situações específicas é possível prevenir, mas é mais difícil”.

Alergia em animais – as alergias de pele podem causar complicações graves aos animais?

Segundo a Dra. Analice, são muito raras complicações que levam ao risco de morte, como por exemplo quadro de infecção generalizada por conta das infecções de pele. No entanto, podem ocorrer as otites de origem alérgica – infecções no ouvido que podem se complicar e evoluir para uma otite bacteriana ou uma otite interna, causando dor intensa ao animal.

Para a médica veterinária, a maior complicação nos pets com alergia é a diminuição da qualidade de vida. “Às vezes eles se coçam tanto que isso faz com que fiquem apáticos, parem de interagir com a família pois passam a maior parte do dia se coçando, ficam com um odor forte e alguns tutores podem colocá-los mais isolados na casa por conta disso. Todo o desconforto causado gera um impacto negativo tanto para o pet, quanto para o tutor”, explica.

Alergia em animais – quais os tratamentos para as alergias de pele nos animais?

O tratamento depende do tipo de alergia que o animal possui, portanto é fundamental que haja um diagnóstico feito pelo veterinário.

No caso da dermatite alérgica à picada de pulgas, o tratamento é feito com antipulgas e antialérgico. “Quando a reação alérgica já foi desencadeada pelo parasita não adianta dar só os antipulgas, caso contrário a crise não vai ser controlada”, afirma a Dra. Analice.

“Os pacientes que têm hipersensibilidade alimentar respondem pouco a medicações antialérgicas porque o alérgeno está no alimento, então o tratamento está na dieta hipoalergênica aliada à proteína diferenciada”.

A médica veterinária explica que o caso da atopia requer um tratamento multifatorial e contínuo, durante toda a vida do animal, pois esse tipo de alergia não possui cura. “A atopia envolve hereditariedade, falha na barreira cutânea e muita inflamação. Então o tratamento é feito com shampoo hidratante, às vezes tratamento para otite associada, uso de ômegas e medicações orais. Temos hoje medicamentos modernos, que estão substituindo os corticoides, então temos diversas opções, o que beneficia muito os pacientes”, conclui.

Dra. Analice Cardoso Munhoz é médica veterinária, especialista em dermatologia, do Hospital Veterinário da Pompéia e atende de terça-feira e quinta-feira das 14h às 15h.

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