Gato pode comer melancia? Especialistas dizem se a fruta faz bem ao pet
Segundo veterinárias, a fruta em si não faz mal para o pet, mas também não traz benefícios
Muitas pessoas gostam de variar a dieta e quando as temperaturas estão altas, há quem recorra à melancia para se refrescar. Neste cenário, alguns tutores ficam tentados a ofertar a fruta aos gatos, mas será que eles podem comer melancia?
Segundo a médica-veterinária Amanda Machado de Farias, especialista na área de nutrição de cães e gatos do Grupo WeVets, a resposta é sim, desde que a iguaria seja ofertada com alguns cuidados e moderação.
“A oferta não deve ser frequente, sugiro que seja como recompensa ou petisco muito esporádico, e não deve ultrapassar 5% da necessidade calórica diária do felino, que deve ser definida por um profissional.”
A veterinária esclarece ainda que a melancia só deve ser ofertada sem casca e sem sementes, pois são tóxicas para os gatos, e para evitar o risco de engasgos.
Além disso, a fruta deve ficar longe do comedouro de gatos obesos ou diabéticos.
Sem benefícios
Ainda que possa ser ofertada de esporadicamente, a melancia não traz nenhum benefício aos bichanos, conforme explica a médica-veterinária Mallet Del Barrio, especialista em felinos do Hospital Veterinário Pet Care.
“Como carnívoros essenciais, que tiram a maioria dos seus recursos das proteínas de origem animal, os gatos não aproveitam bem os elementos contidos em frutas. Elas não fazem parte da dieta natural da espécie na natureza, e os bichanos não evoluíram como os cães, que já são onívoros”, explica Mallet.
Ao contrário do que muitos imaginam, que os felinos poderiam se beneficiar da melancia por conta da quantidade de água, Mallet diz que não é bem assim.
“A quantidade de fruta ofertada é irrisória para isso. Na verdade, ele só terá esse benefício se alimentando de dietas úmidas que oferecem mais água e que fazem com que eles produzam mais água no metabolismo”, esclarece.
É preciso variar?
Para quem faz questão de variar a dieta do gato, Amanda indica a batata-inglesa ou doce cozida, abobrinha e moranga. Porém, ressalta, não sem antes de ter uma boa conversa com o médico-veterinário do bicho.
Além disso, lembra Mallet, a oferta de qualquer iguaria deve ser feita com muita moderação.
“Eles podem ter alguns problemas com a oferta abusiva de carboidratos, principalmente açúcares de absorção rápida, como a frutose. Por isso, a inclusão de frutas não é tão importante e pode até trazer prejuízos para eles, devendo ser feita apenas uma ou duas vezes na semana, como um petisco extra” diz.
A veterinária lembra ainda que os tutores devem se atentar para não transferir os próprios hábitos ao bicho.
“Um cuidado que a gente tem que ter nessa tentativa de variação da dieta do gato é que acabamos desrespeitando a natureza dele. A natureza dele não é fazer ingestão nem de frutas, nem de legumes”, finaliza.
Publicado originalmente pelo Portal Vida de Bicho
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