Repelente para cachorro: saiba quando e como usar o produto nos pets
Há vários tipos de repelente para cães no mercado, mas as pipetas e coleiras são os mais indicados por especialistas
Fim de ano e férias escolares se aproximando é sinal de que muitas famílias estão se preparando para viajar. Dentre os destinos escolhidos, há lugares com alta incidência de insetos. Nesta hora, alguns tutores podem se perguntar: preciso proteger o meu pet das picadas de mosquitos?
Segundo a médica-veterinária Marcella Braga, especialista em dermatologia de cães de gatos e professora do curso de Medicina Veterinária da Estácio, a resposta para esta pergunta é sim.
“Existem muitas doenças que podem ser transmitidas pela picada de mosquito, como a dirofilariose (verme do coração) e a leishmaniose, uma dermatozoonose, ou seja, uma doença que acomete o cão e que pode passar para os seres humanos”, comenta a profissional.
A dermatologista veterinária Analice Cardoso Munhoz, preceptora do programa de aprimoramento em clínica médica e intensivismo do grupo WeVets, acrescenta que as picadas de insetos nos cães podem causar vasculite no pavilhão da orelha, além de alergias gerais.
Como proteger o cachorro dos insetos?
Sabendo que as picadas de inseto podem trazer consequências desagradáveis aos cães, a melhor forma de protegê-los é recorrendo aos repelentes. Existem diversos tipos disponíveis no mercado, como spray, odorizador, modelos eletrônicos… Porém as veterinárias alertam que as pipetas e as coleiras trazem melhores resultados.
“A melhor forma de proteger o animal das picadas de insetos é por meio de pipetas ou coleiras repelentes. Telas nas janelas e velas repelentes podem ser utilizadas como um auxílio na prevenção”, diz Analice.
Como aplicar o repelente nos cães
Para garantir a total proteção do animal, é importante seguir as regras de aplicação do produto e as orientações do veterinário.
No geral, explica Analice, as pipetas, por exemplo, devem ser aplicadas no dorso do animal. Já a frequência depende do produto, há aqueles com duração de 30 dias, quatro meses, seis meses e oito meses.
“As coleiras são mais indicadas para pets que não tenham pelagem muito densa e/ou com subpelo, pois eles podem absorver menos o produto e prejudicar sua ação. Os repelentes eletrônicos ajudam no controle do ambiente, mas não impedem que o pet seja picado”, diz a veterinária.
No que diz respeito à aplicação de sprays inseticidas humanos nos animais, a prática é totalmente contraindicada. “Não podemos usar repelente humano em cachorros, pois o produto não é o mesmo e pode causar alguma reação alérgica no animal”, alerta Marcella.
Cuidado redobrado com filhotes e gestantes
Vale lembrar que o comprimido oral usado contra pulga e carrapato não repele insetos. Assim, não vale recorrer somente a tais produtos para proteger o animal.
As veterinárias ressaltam ainda que é importante consultar um médico-veterinário antes de escolher qualquer repelente para o pet, sobretudo se o cachorro ainda é filhote, ou é uma fêmea gestante ou em lactação, visto que há produtos específicos para estas etapas da vida do animal.
Texto produzido por Gladys Magalhães para Vida de Bicho, 21/11/2022.
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