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Postado em: 24/10/2022
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Como saber se o cachorro está com verme? Veja os principais sintomas!

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Apatia, diarreia e vômito são alguns dos sinais de que o pet pode estar com verme. Saiba o que fazer ao desconfiar do quadro

Um dia você chega do trabalho e repara que o seu amigo de quatro patas está mais triste, magro, com menos apetite, apresentando diarreia repetidamente, às vezes, com muco ou sangue, além de episódios de vômito? Cuidado! O seu cachorro pode estar com alguma verminose.

“As verminoses são um grupo de doenças causadas por vermes, que se instalam no organismo dos animais, conhecidos como hospedeiros. Esses parasitas têm como preferência o intestino do pet, mas podem se abrigar também em outros órgãos, como o cérebro, pulmões e até mesmo nos rins”, explica a médica-veterinária Ana Caroli

na Luzio, do Centro Veterinário WeVets.

Da infância à vida adulta

Ainda segundo Ana Carolina, as verminoses podem ocorrer em diversas fases da vida do cão, sendo que a transmissão se dá de várias maneiras.

Na infância, o pet pode se infectar desde o nascimento, pela via transplacentária, ou logo após nascer, através da amamentação, caso a mãe esteja infectada. Já quando adulto, ela pode ocorrer por meio da água, de alimentos contaminados e não higienizados corretamente, por contato com fezes de animais hospedeiros e até mesmo pela pica

da de mosquitos infectados.

Principais tipos de verminoses

Segundo o médico-veterinário Frederico Fontanelli Vaz, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhanguera de São Paulo, no geral, os animais podem ser acometidos por três principais grupos de doenças: toxocaríase, ancilostomose e tênias.

“Na toxocaríase, os vermes da família Ascari

dae se alojam no intestino dos pets e podem ser observados a olho nu pelo tutor nas fezes e vômitos de bichos contaminados. Em cães, pode causar morte devido à enterite e/ou bloqueio gastrointestinal, além de anorexia, diarreia, vômito, dor abdominal e baixa taxa de crescimento”, relata o professor.

Causada pelos Ancilostomídeosparasitas que se alojam no intestino delgado, a ancilostomose pode afetar humanos, cães e gatos, causando diarreia, muitas vezes com sangue, anemia e óbito nos pets. O contágio ocorre por meio da ingestão de água e alimentos contaminados, sendo que nos humanos pode causar o popular “bicho geográfico”.

Já as tênias (Dipylidium caninum) são parasitas cestódeo, que podem ser transmitidas para os cães por meio das pulgas. “Quando instalado no trato intestinal do pet, geralmente não provoca sinais clínicos, mas pode causar irritação no reto, e os animais esfregam ou ‘arrastam’ o períneo no chão. Ocasionalmente pode ocorrer enterite e/ou obstrução intestinal”, esclarece Frederico.

Para os cães que moram no litoral, Ana Carolina lembra que os tutores se devem atentar para mais um grupo: a dirofilariose, também conhecida como “ver

me do coração”.

“Todos os cães estão propensos a terem verminoses, mas litorâneos têm maior propensão de contrair a dirofilariose. O agente causador desta doença é a Dirofilaria immitis e o transmissor é o mosquito culicídeos, do gênero AedesAnopheles e Culex. Quando o mosquito infectado pica o animal, as larvas começam seu desenvolvimento nos tecidos, e, quando adultas, migram até o sistema cardiovascular”, comenta Ana.

A veterinária lembra ainda que, ao

chegar ao coração, a dirofilariose causa tosse, dificuldade respiratória, intolerância ao exercício, fraqueza e síncope no pet.

“Os tutores de regiões litorâneas precisam ter maior atenç

ão, mas é preciso esclarecer que não é uma doença exclusiva do litoral, no geral, pode ser encontrada em locais com água em abundância, como rios, represas e lagos”, ressalta.

Tratamento

O tratamento das verminoses varia conforme o tipo da doença. Porém, na maior parte dos casos, é utilizado algum antiparasitário receitado pelo médico-veterinário do bicho.

Os profissionais esclarecem que a vermifugação funciona como tratamento e também como prevenção, sendo que o remédio mais indicado depende da raça, peso, idade, situação clínica do animal, entre outros fatores. Assim, o vermífugo deve sempre ser indicado por um profissional.

Ainda assim, a primeira dose deve ser aplicada entre 15 e 30 dias de vida dos pets, sendo reforçada 15 dias após primeira aplicação. O Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia recomenda a desparasitação em cães a cada 15 dias a partir de duas semanas de vida, até o filhote completar 8 semanas.

Depois de 8 semanas de vida, em geral, os pets precisam de doses de vermífugo mensais até os 6 meses. Após esse período, a frequência deve ser indicada por um veterinário.

“Devemos lembrar que o uso indiscriminado de antiparasitários pode tornar populações de vermes ou de qualquer outro parasito resistentes a esses medicamentos. Portanto todo esse processo deve ser acompanhado por um médico-veterinário e com exames de fezes regulares, a cada três ou quatro meses, para saber a real necessidade da administração do vermífugo”, lembra Frederico.

Prevenção

Para prevenir as verminoses, os veterinários aconselham investir em boa alimentação, higiene e visitas regulares ao médico-veterinário.

“A melhor prevenção é a higiene. Sendo assim, o tutor deve ter atenção em espaços públicos onde outros animais podem ter tido acesso e defecado recentemente, sempre recolher as fezes do cão durante o passeio e evitar que o pet defeque em locais onde não bata sol.

Manter o local onde o pet vive sempre limpo, oferecer água filtrada e alimentos frescos é a melhor forma de prevenção”, finaliza Ana.

Texto produzido para Revista Casa e Jardim em 14 de outubro de 2022.

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